06/05/2012

O trem

Silêncio, apenas ouço o vento.
A janela entreaberta diz, por entrelinhas, que preciso estar atento.
O dia escurece, o brilho das estrelinhas, se tornam um tormento!
E enquanto ela falava, sua doce voz me acalmava. Eu pensava:
"Por quê? Já vi os dois lado desse jogo. Tudo novamente?"
Não sei bem ao certo, mas acredito que eu senti o que um cego sente.
Desorientado, preocupado, necessitado e dependente.

Daí então, me pergunto: 
Viver isso tudo novamente? Passar por tudo aquilo. Ora! Vamos mudar de assunto!!
Ela toma conta do meu corpo, já não ajo por conta própria.
Abuso deles, novamente, nada melhor do que uma noite, insóbria.
O trem das dores para na minha estação. O trem movido a vapor!
O trem das dores para na minha estação, pra me dar, mais essa dor.

Caricias, abraços, beijos e "amassos". 
Tudo vem à tona, e me deixa aos pedaços.
Me lembrando o quão importante é, manter estes laços.

Só queria poder contar com uma boa e velha, amizade.
Pra dizer a ela, que o trem, vai deixar a cidade.
É melhor ela se apressar, e deixar a cidade das dores.
Antes que seu mundo colorido, se perca em minha falta de cores.

O trem, partira ao meio dia,
a hora em que o pássaro já não assobia.
Pois está cansado, cansado de assobiar pra ela,
em notas escondidas nesta melodia de assobio, ele diz o quanto gosta dela.

Nenhum comentário:

Postar um comentário