14/11/2012

Tudo passa.

Pensei que seria diferente.
Mas sempre cansa a gente.

Ela sente o que sinto?
Já senti o que ela sente.

Já passei por tudo aquilo.
Agora ouço minha mente.

Não ouço o coração.
Ouço apenas a razão.

Não acredito em paixão.
Sou cético por ilusão.

Eu tenho um grande problema
e não existe solução.

Eu enxergo a mentira,
mas não enxergo compaixão.

Sei tão pouco, nada sei.
Mas reconheço que errei.

Sei tanto, tudo desconheço.
Nunca acerto, sempre reconheço.

Saiba que eu sei acertar.
Foi de propósito que quis errar.

Uma via de mão dupla, é o amor.
Uma traz alegria, a outra, dor.

Sempre termina assim,
um espera um novo início, o outro anseia o fim.

Um dos lados tem de ceder.
Não há certo ou errado, basta reconhecer.

Ela sempre foi compreensível.
Talvez, eu realmente seja impossível.

Mas eu tomo posse da paciência,
não sou Matusalem, mas já passei da adolescência.

Fase em que tudo é divertido,
e ao mesmo tempo você se sente excluído.

Tudo é como um filme ensaiado,
as falas ensaiadas, os olhares falsificados.

O seus olhares eram sintéticos,
seus lábios, perfeitos, mas seus beijos eram técnicos.

Sou descritivo, específico.
Tudo em você, parecia magnífico.

Tudo passa, não seja apressado.
Se não passar, é por que o fim está atrasado.

Sempre acho que é paixão,
mas sempre acaba em pedidos de perdão.

Um ladrão roubou seu coração,
escondeu em meu caixão,
vendeu em um leilão,
pelo preço de um sermão,
que o liberta-se da prisão.

Sou cruel, não?






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