19/04/2014

Quem?

Letal, como um tiro no peito.
Ela ressurge e me domina de jeito.

Eu recuso, ela insiste.
Eu bato, ela resiste!
Eu cedo e fico triste.

Eu fujo, ela persegue!
Eu paro, ela prossegue!

Se eu durmo, ela desperta.
Seu efeito deixa em alerta.

Ele sobe e desce o morro.
Depois implora o socorro.
Se eles pegam, levo esporro.

Já era, tô suave.
Antes que agrave.

Sem ela, fico tenso.
Mas ela, eu dispenso.
Teu efeito é intenso.

O prejuízo é imenso.
Ela sabe, sou propenso.
Ela sabe o que eu penso.

















Justificativa

E agora, devo ceder ou me regenerar?
Eu vou me afastar muitas vezes, pra te proteger.
Vou fugir de suas perguntas.
Talvez minhas respostas só lhe trará mais dúvidas.
Só não vou te abandonar, ah... Isso não!
O problema é que até eu me confundo a quem eu me refiro.
E se os problemas são meu, eu vou resolver sozinho, como sempre fiz.
Só não sei se dessa vez eu vou conseguir.
Acho que ela sente mais o peso desse problema do que eu próprio.
Eu consigo, sei disso, só preciso me concentrar.
Ela sempre parece inofensiva e sempre me domina,.
Eu poderia facilmente inclui-la nessa rima.
O problema é a FALTA que ela me faz,
pois a presença dela é uma felicidade momentânea.
Dizem que o orgulho é o
fator principal que mais impede 
as pessoas de procurarem ajuda.
Sem dó nem piedade...